Querido(a) humano(a), seja bem vindo(a)!
Vale inicialmente, definir o significado desta dança que dá nome ao blog. Ânima: alma, ser (do latim). Portanto, dança ânima: dança da alma, do ser.
O que esta dança difere das outras no cenário atual? Talvez, algo... muito pouco...ou ainda, seja somente mais um recorte dentre as várias formas de se apresentar o que chamamos de dança contemporânea.
Mas, é preciso que exponha um pouco de minha experiência pessoal para que tudo fique mais claro.
Como fisio, sempre tive meu corpo como parceiro para investigações e descobertas. Meu melhor laboratório!
Apesar disto, minha vivência com a dança, até então, estava num contexto básico, de diversão em festinhas, sem um conhecimento mais aprofundado da coisa. Inclusive, confesso, ser avessa aos passinhos, muito comuns nessas situações.
E como entra essa dança tão significativa em minha vida? Descobri esse jeito de dançar num dos momentos em que morando numa chácara, estava bem afastada de minha família e amigos, ficando dias sem ver ou falar com outras pessoas. Com certeza, isso já me focava mais em mim. E somando, a necessidade sempre presente de me movimentar e a grande afinidade pela música, acabaram confluindo tudo em algo só: dança.
O que começou como distração, ou uma forma de liberar enérgia, se transformou num mar infinito de experimentações corporais. Estava aberto, o canal da satisfação, investigação, um maravilhoso vício sensório-motor.
Todos os dias, meu corpo pedia aquele bem-estar que era sentido através da dança, e que me fazia viver um estado corporal, emocional, espiritual, de todo meu ser, de forma contundente e harmoniosa.
As possibilidades que se abriam me surpreendiam cada vez mais e me deleitava com a forma que podia ser criativa, e viajar nas sensações provocadas pelos movimentos corporais (às vezes, pela ausência deles), pela música, pelo silêncio, pelo espaço ocupado, pelo pôr do sol que via pela janela.
Uma tremenda integração, é a melhor definição. Eu comigo mesma e com tudo mais.
O questionamento sobre aquilo que parecia ser meio esquisito, maluco, passou rapidamente. Afinal, o que fazia essa figura dançando sem se preocupar com nenhuma forma, só procurando viver aquilo com satisfação e curiosidade?
A dança que vinha de dentro de mim, que me expressava independente de qualquer teoria ou significação.
Claro, que minhas experiências corporais e o conhecimento profissional que tenho sobre o corpo foram importantíssimos. Me facilitou pacas, na entrega. Mas, não estava buscando encontrar nenhuma fórmula, nem seguir nada do que podia já existir (ignorava tudo o que se relacionava as informações sobre dança).
A dança era eu e eu a dança, ou seja, a Dança Ânima!
E assim, começou minha trajetória na dança e agora, também o blog, compartilhando com você minha vivência e expondo de onde tirei um nome tão apropriado para essa forma de "ser-dança", que hoje ganhou uma dimensão tão grandiosa em minha vida, inclusive no contexto profissional.
E aí, vamos dançar?